Em outubro de 2009, tive a oportunidade de passar três semanas em férias no México, um país de muitos contrastes e muita história, num roteiro que incluiu a Costa Atlântica e a Costa Pacífica, conhecida como Baja Califórnia.
A primeira parte da viagem já era antiga conhecida minha: Cancún. É um destino que encanta, com um mar azul turquesa fantástico, comércio variado com grifes de todo o mundo e um artesanato muito rico, além de uma vida noturna agitadíssima e restaurantes com ótima gastronomia. O povo é super cordial com os turistas, combinação perfeita para virar o “Must”, um destino que tem tudo para agradar.
Viajei com um grupo de agentes de viagens, e ficamos muito bem instalados, e também fizemos passeios a atrações em cidades vizinhas. Entre elas, o X Caret, um parque natural imenso, com zoológico, apresentação de golfinhos, trilhas e passeios em boias por rios que se tornam subterrâneos. Um dia de aventuras e praia, pois o parque também possui uma praia com areia branca e mar tranquilo.
Xel-há também segue a linha de passeio de dia inteiro, e oferece corredeiras e golfinhos, e é possível ficar na água e brincar com eles, que são dóceis e festeiros. Nos finais da tarde, aproveitamos para visitar o centrinho de Cancún, com seu comércio e restaurantes, e com seus drinques de margarita e piña colada. A cidade está sempre lotada de turistas de diferentes lugares, especialmente os norte-americanos, que consideram Cancún quase uma extensão dos Estados Unidos.
A noite em Cancún é divertimento na certa. As baladas são movimentadas e a gurizada vai a boates gigantescas, onde tocam todos os tipos de música, especialmente a salsa, que é um ritmo bem caribenho. Conheci a Azucar, que é uma salsoteca, e também a Coco Bongo, uma disco imensa.
Depois de Cancún, fomos para a Riviera Maia, uma faixa litorânea que se estende por 200 quilômetros. Fomos para a Playa del Carmem, a estrela da região, pois é muito charmosa. Lembra Búzios, um lugar despojado, mas com estilo, que possui um centrinho com bares e lojas. A praia, que tem turistas de muitos lugares (em especial os europeus), possui um mar calmo e tem pousadas simples e hotéis de luxos em áreas imensas. Os dias de ócio em Playa foram bem-vindos, com muita sombra, água fresca e mordomia, regado a sol e uma brisa constante.
Deixamos a praia na direção da cidade grande: México Capital Federal, uma megalópole com quase 20 milhões de habitantes. A Cidade do México, como era de se esperar, é super vibrante. Tudo impressiona, da história aos museus magníficos e locais turísticos bem preparados.
O Museu de Antropologia é um dos melhores do mundo e a visita é imperdível. Outra preciosidade é o Museu Frida Kahlo. Visitá-lo é apreciar e, ao mesmo tempo, imaginar como seria a vida da artista com Diego Rivera, outro artista fantástico que tem um museu com murais enormes no centro da cidade. Pode-se passar o dia inteiro recebendo informações sobre a arte dos dois e tentar entrar nesse mundo rico e visual. Também visitei o Museu de Belas Artes, que ocupa um prédio antigo divino no centro histórico.
Me impressionou o fato de que, mesmo sendo uma cidade tão grande e populosa, não vi congestionamento no trânsito, pelo menos nos locais onde circulei. A avenida principal – o Paseo de La Reforma – é muito arborizada, e ao longo da via encontramos restaurantes, lojas e hotéis de luxo. Para quem gosta de comprar, o artesanato é lindo e possui características únicas. No entanto, o vestuário disponível não me atraiu muito.
Também não poderia deixar de citar as Ruínas do Sol e da Lua, que são sítios arqueológicos vizinhos à Cidade do México. Além do visual incrível, os guias locais contam a história do local e falam sobre a sua construção. Imperdível.
Para terminar a viagem, fomos a Los Cabos. O cenário é diferente do resto do país. É árido e bem típico da Baja Califórnia. A região é frequentada pelo Jet set internacional e por atores de Hollywood. No entanto, o mar é mais agitado e a água não é tão quente. Foi em Los Cabos que fiz minha primeira cena progressiva: fui trocando de restaurantes durante o jantar. O primeiro serviu a entrada, no segundo degustei do prato principal, e no terceiro aproveitei a deliciosa sobremesa. Depois dessa quase orgia gastronômica, fiz um passeio pela cidade de San Lucas, que é colonial e mais charmosa do que San José de Los Cabos, e visitei galerias de artes e exposições.
O ponto alto de Los Cabos é fazer o passeio de barco ao entardecer. Pode-se ver o pôr-do-sol e margear a rocha mais famosa do local, que foi atingida por anos pela erosão e se transformou no símbolo de Los Cabos.
Como nosso grupo era muito eclético, pudemos fazer de tudo um pouco: passeio de barco e quadriciclo, caminhada com trilha, nado com golfinhos, degustação de vinhos e visitas a campos de golfe. Tudo nota dez, com serviços e estrutura impecáveis.
O México me surpreendeu em muitos sentidos, e correspondeu a todas as minhas expectativas. Realmente, um destino encantador.
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