Normandia da Família Bélier

“Família Bélier”, filme ainda em cartaz nos cinemas de Porto Alegre, é açucarado (Trailer de Família Bélier). A estreia fez o maior sucesso na França, mas tanta doçura nem sempre agrada todo mundo. Na casa dos Bélier, todos são deficientes auditivos, menos Paula, filha mais velha do casal, que faz a comunicação da família com quem não entende a língua dos sinais. E ela tem um talento que os pais e o irmão (obviamente) não percebem: o dom de cantar. Quando um professor a incentiva a seguir uma carreira na música, ela fica num dilema sobre seu futuro. Deixando o roteiro de lado, talvez o mais bacana do filme seja o lugar em que se passa: uma pequena cidade da França, em que a família de fazendeiros produz queijos e vende na feirinha do centro.

Essa é a Normandia, região localizada no noroeste da França. É bem conhecida pelo Dia D, quando em 6 de junho de 1944 desembarcaram as tropas aliadas, lideradas pelos EUA, para a reconquista da Europa na 2ª Guerra Mundial e também por ser palco de um dos capítulos da Guerra dos Cem Anos, confronto entre a França e a Inglaterra por territórios perdidos no século 15.

E, além de todo o legado histórico, a Normandia reserva paisagens encantadoras e bucólicas. Não à toa, inspirou artistas como Monet, Boudin e Gauguin. A região tem mais de 600 km de costa. Em Barneville-Carteret, a maré muda de 12 em 12 horas e, talvez, seja essa a explicação de uma atmosfera tão diferente que tem o lugar. Ainda há castelos medievais preservados e as ruazinhas parecem cenário de filmes. A gastronomia, um pouquinho diferente do resto da França, é especial. Dizem ser os melhores queijos Camembert do mundo! Há também o calvados, que é parecido com uma aguardente, mas de maçã e que só existe na Normandia. Vale a visita.

Dica: é possível visitar a Normandia de trem, mas para curtir mesmo o ideal é alugar um carro.

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