Rosa Maria, Karin, Taina, Ana, Helena e Gabriela. Avós, mães, netas, irmãs e primas. As mulheres da família Hagemann, pela primeira vez, decidiram viajar juntas. Um roteiro bem pensado para alegria de quem já tem mais de 60 anos e para uma adolescente de 17 anos. Para quem gosta de comprar e para quem curte aproveitar a tranquilidade de uma caminhada. Para quem já tem filhos, para quem ainda está conhecendo o mundo. Helena Dias, com exclusividade para a OP Turismo, compartilha um pouquinho da experiência desta viagem com as mulheres de sua família.
Paris foi a cidade escolhida pelas seis mulheres da família para nossa primeira viagem com todas reunidas, que aconteceu em maio de 2016. Essa escolha não foi por acaso. Três gerações, de 17 a 79 anos, com gostos e experiências diferentes. Precisávamos de uma cidade que proporcionasse programação para todo mundo. A organização do roteiro não foi fácil. Queríamos ver os clássicos de Paris, mas também fazer uns programas diferentes. Reunimos todas as dicas e desejos em uma planilha de Excel (família organizada!) e, por ali, todas votaram indicando o que mais queria fazer. No fim das contas, fizemos quase tudo junto. Teve dias em que separamos a turma para todas poderem “matar seus desejos”.
Saint-German-des-Prés
Simplesmente caminhar pelas ruas de Paris, já é uma super e agradável programação. Cada bairro tem sua vida própria, lojinhas, restaurantes, barzinhos. Como estávamos com a minha avó, também não podíamos pegar tão pesado na caminhada, né? Ficamos hospedadas em Saint-Germain-des-Prés, bairro super agradável. Simone de Beauviour e Jean Paul Sartre eram frequentadores assíduos. Uma filial da Angelina, casa de chás com um dos melhores macarrons de Paris (ok, lá tem vários lugares com macarrons incríveis, mas esse é bem tradicional) era nossa vizinha. Um ótimo programa para minha avó passear e depois nos esperar com uma mesa recheada de doces maravilhosos.
Caminhando mais uns 5 minutinhos, chegávamos no Bon Marchê, a loja de departamentos mais antiga e sofisticada de Paris, construída em 1869. Além da parte de moda e decoração (que é enorme), tem a La Grande Epicerie, que reúne milhares de alimentos frescos e gostosos. Foi nesse lugar que minha mãe e minha tia quase piraram e compraram manteigas, pães, queijos, frios. Foi o que proporcionou um dos melhores jantares da viagem, em casa mesmo, com vinhos e esses produtos incríveis (juro, nunca comi uma manteiga tão maravilhosa!).
Fondation Louis Vuitton
Esse programa é para quem curte arquitetura e arte. A Fondation Louis Vitton fica um pouco mais afastada (uns 20 minutos de metrô), mas vale muito a visita. A começar pelo lugar, que fica dentro de um parque incrível e enorme, o Bois de Boulogne. No dia que fomos, estava chovendo e não conseguimos aproveitar tanto essa parte externa, mas deu muita vontade de passar um dia lá, passeando. Na própria Fondation eles vendem uns “kits gourmets para picnic”.
Bom, depois tem o próprio prédio da FLV, criado pelo arquiteto Frank Gehry, o mesmo que fez o Museu Guggenheim em Bilbao. Só o prédio é uma atração: lindo, cheio de curvas, misturando vidros e aço. Nos últimos andares tem um rooftop com uma vista incrível da cidade e a arquitetura do prédio serve com uma moldura perfeita para aquele lugar. Quando visitamos a FLV estava rolando uma instalação do Daniel Buren, “Observatory of Light”, onde ele “brincou” com a arquitetura do prédio colocando lâminas coloridas em diferentes partes de vidro, o que deu um efeito bem legal.
Caminhada pelo Senna
O Senna, rio que atravessa a cidade, nem precisaria estar nesta lista, pois é impossível estar em Paris e não passar várias vezes por ele. Atravessar, cada hora por uma ponte, ver de ângulos, lugares e horários diferentes. O que mais me chamou a atenção foi a agitação nos barzinhos que ficam na margem do rio. A “ala jovem da família” passou duas noites por ali. O bar que mais bomba chama-se Rosa Bonheur, que tem até fila para entrar. Nós optamos por pegar um vinho e uma pizza nos bares-containers que ficam na frente e sentar na beira do rio mesmo. Super parisienses!
Jardim de Luxemburgo
O Jardim de Luxemburgo é um dos principais parques de Paris. Dá vontade de passar um dia inteiro lá, sentada naquelas cadeirinhas em volta do lago, ao lado do palácio. Quando fomos ao parque estava rolando um festival de jazz, que deixou o parque ainda mais agradável com uma música ao vivo, embaixo das árvores (com as folhas mais verdes que já vi!)
Museu Marmottan Monet Paris
Se você já tiver feito todos os museus clássicos, acho esse uma ótima opção! Primeiro que ele não tem cara de museu, pois é uma antiga residência da família Marmottan. Você chega lá e se transporta para uma casa do início do século passado, com todos os móveis no lugar original, onde as obras de arte estão como parte da decoração da casa.
Aí depois da coleção permanente e da exposição temporária, você desce para o subsolo da casa e encontra uma coleção enorme de Monet. O filho do artista doou para o museu em 1966 e desde então se tornou a maior coleção de quadros do pintor.
Feirinha de Mouffetard
A Rue de Mouffetard é umas das mais antigas e tradicionais de Paris. Na parte baixa da rua, há uma feirinha com todas aquelas coisinhas deliciosas: queijos, frutas, doces, frutos do mar. É aqueles passeios que agradam toda a família. Nós fomos num sábado ensolarado e o clima estava ótimo, com bandinha tocando, velhinhos dançando e a gente experimentando tudo que tinha por ali. Antes de chegar na feira, tomamos café da manhã na praça de Contrescarpe, que também é super tradicional, e depois seguimos caminhando pela Rue de Mouffetard até a feirinha.
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