Por Mariana Diefenthaeler Hertz em relato de viagem publicado na Revista Country Club
É preciso encontra-se em a si para reconhecer-se no outro. Os países asiáticos, por seus cenários paradisíacos e seus ritos milenares, parecem um convite para descobrir, refletir e sentir. Um destino perfeito para lua de mel, renovando as emoções e intensificando o amor. Quando escolhemos o destino de nossa lua de mel tínhamos certeza de que deveria ser a viagem mais marcante de nossas vidas. Pensamos num lugar incomum e que não fosse conhecido profundamente por nenhum de nós. Decidimos ir à Ásia, que eu havia visitado aos nove anos de idade. Com certeza, uma nova experiência para os dois.
Desembarcamos na Tailândia e, logo, ficamos encantados com a cordialidade do povo thai. Uma alegria contagiante. Não à toa, é o País dos Sorrisos. Começamos por Bangkok: agitada e com contrastes de passado e futuro. O Grand Palace, complexo arquitetônico de 1782, comprova a magnitude da arquitetura do país e a adoração pela cultura e religião do país: tudo é rico em detalhes de ouro e as pinturas no interior do muro representam os ensinamentos sobre o budismo e citam passagens históricas. O templo do Buda de Esmeralda, que fica no Grand Palace, é esculpido em uma única pedra de Jade – é que esmeralda, em tailandês, significa a cor verde escuro e não a pedra em si. É a representação religiosa mais venerada no país.
Para quem quer ver de perto a “muvuca” da capital tailandesa, Patpong não deve ficar de fora do roteiro. Nós estivemos lá para ver de perto a bagunça dessa rua de “camelôs” bem tradicional. Em Bangkok, tivemos ótimas experiências gastronômicas. Jantamos no Sirocco, que é o restaurante do hotel La Nuba – quem já viu o filme “Se beber, não case 2” deve lembrar – e também no restaurante do Hotel Peninsula, onde estávamos hospedados.
Seguimos para Krabi, que fica ao sul da Tailândia. Ficamos hospedados no Ritz Carlton Phulay Bay. È o hotel mais maravilhoso que já vi. É o melhor exemplar de um hotel seis estrelas: decoração discreta, impecável atendimento, praia privada e diversas opções de passeios e atividades.
A dica é fazer um passeio de barco pelas ilhas próximas. A geografia – que combina montanhas e planícies – torna o lugar perfeito. Para quem gosta, vale investir em mergulhos nas praias e ilhas. Ficamos impressionados com o passeio a Hong Island. Beleza surreal!
Saindo da Tailândia, seguimos para o Vietnã e, lá, fomos bem recebidos por Hanoi, capital do país. Por apenas uma noite, ficamos hospedados no Sofitel Metrópole. Fizemos um tour de rickshaw e visitamos templos e museus. A cidade preserva seus monumentos e sua arquitetura colonial, mas não transmite aquela sensação de quem parou no tempo. Hanoi tem seis milhões de habitantes, quatro milhões de motos e um trânsito caótico, mas nem isso tira das ruas as tradições milenares, como por exemplo, as mulheres que vendem em suas “balanças” as frutas da região.
Em busca de tranquilidade, partimos para Halong Bay, baía que inclui cerca de 1.600 ilhas e ilhotas, formando uma paisagem espetacular de pilares de calcário. Há uma beleza cênica maravilhosa e, sem dúvida, é um dos mais incríveis destinos que já conhecemos. Tivemos a oportunidade de passear num barco do Paradise Luxury Cruise. Há toda uma atmosfera de romance. Recomendamos!
Do Vietnã para Camboja, uma surpresa. Mesmo sendo uma das nações mais pobres do mundo, o país impressiona positivamente. Siem Reap marcou a viagem ao país. Ainda está tudo muito característico e acessível. Cada templo tem sua peculiaridade, mas o Bayon e o Ta Prohm estão entre os que mais chamaram a nossa atenção.
Para fechar a viagem com chave de ouro, terminamos o roteiro em Singapura. A cidade-estado está localizada na ponta sul da Península de Malásia e, com ar americano, abriga arranha-céus e shoppings centers. Ficamos hospedados no Mandarin Oriental, fomos ao jardim botânico, passeamos pela Orchird Road e, ainda, aproveitamos para conhecer o parque da Universal. Não pude deixar de conhecer o orquidário, fundado em 1859, e seus 63 hectares de jardins paisagísticos.
Nossa viagem de lua-de-mel não poderia ser mais especial. A Ásia é inspiradora por sua cultural milenar e sua natureza ainda bastante preservada. De tão rico, é um destino que sempre terá muito a descobrir e encantar.
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